Microbiota intestinal (MI) é o conjunto de microrganismos (não só bactérias) que povoam o trato gastrointestinal (TGI) humano e que, em condições normais, não nos causam doenças. A MI possui trilhões de microorganismos e mais de 1000 bactérias com importantes funções no corpo. A MI possui como principais funções:

• antibacteriana: impede o crescimento de bactérias prejudiciais ao organismo.
• imunoestimulante: favorece o sistema imunológico.
• metabólica: age na degradação de resíduos que chegam no cólon

O surgimento da microbiota começa logo após o nascimento proveniente da mãe. As funções da microbiota estão sendo cada vez mais descobertas e consideradas vitais para o funcionamento do nosso corpo.

Sintomas mais comuns de doenças do aparelho digestório

As doenças do aparelho digestório têm aumentado e é importante ficar atento aos sinais e sintomas. Os mais comuns são náuseas, empachamento, azia, retorno do alimento e ou ácido gástrico, diarreia e/ou constipação e dor abdominal. Mas, outros sintomas como tosse seca, dor no peito, sinusite, asma, dor de cabeça, déficit de atenção e lesões na pele, que aparentemente podem indicar outro tipo de doença, também são sintomas de problemas digestivos.

Em caso de sintomas, procure um médico especializado no trato gastrointestinal. Em caso de dúvida, comente aqui embaixo ou entre em contato.

Prevenção de Doenças

As doenças do aparelho digestivo estão relacionadas a alguns hábitos adquiridos ao longo da vida, como por exemplo, alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, estresse. Portanto, a prevenção é a melhor maneira de diminuir os índices de complicações na saúde digestiva.

O diagnóstico precoce é a melhor forma para curar e evitar complicações de qualquer doença. Ao sentir qualquer sintoma, procure um médico imediatamente e evite a automedicação. 

Outros sintomas importantes são irritações frequentes no estômago, dores de barriga, alterações significativas nas fezes, diarreia e, até mesmo, o mau hálito ou alterações na boca sem motivo aparente, fique atento.

 Dia Mundial da Saúde Digestiva (29/5)

De acordo com a Organização Mundial de Gastroenterologia 20% da população global sofre algum tipo de problema intestinal e 90% das pessoas não procuram orientação médica, recorrem à automedicação ou não fazem nada para resolver o problema.

O Dia Mundial da Saúde Digestiva foi criado para conscientizar e orientar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce das doenças do aparelho digestivo. 

Espalhe a mensagem deste dia e em caso de qualquer sintoma procure um médico para avaliar o seu caso.

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O câncer de esôfago tem como principais causas o consumo de álcool e cigarro, deficiência de algumas vitaminas e refluxo gastroesofágico. A esofagectomia é a cirurgia para remoção de parte ou de todo o esôfago. A quantidade removida depende do estágio da doença. Para que o paciente continue se alimentando, o esôfago pode ser reconstruído com outros tecidos como o de estômago, intestino delgado ou intestino grosso que farão a função do esôfago, ou seja, de conduzir os alimentos. 

A cirurgia pode ser feita pela cirurgia aberta ou a esofagectomia minimamente invasiva, esta técnica é feita com pequenas incisões, é mais segura e a recuperação  é mais rápida. A indicação para cirurgia deve ser feita por um médico do trato gastrointestinal.

Gastrectomias

O câncer de estômago é um dos cânceres mais complexos e o tratamento precoce é fundamental para um bom prognóstico. A cirurgia utilizada no tratamento do câncer de estômago consiste na retirada parcial ou total do estômago e linfonodos mais próximos. Quando o câncer está em um estágio mais avançado, a cirurgia pode ser feita de forma paliativa, para aliviar os sintomas.

A decisão pela cirurgia depende da parte do estômago envolvido, comprometimento de tecidos adjacentes e estágio do câncer. Essa avaliação deve ser feita pelo médico do trato gastrointestinal. 

Duodenopancreatectomias

A Duodenopancreatectomia é uma cirurgia que envolve a remoção da cabeça do pâncreas com o objetivo de remover o câncer de pâncreas. Quando realizado precocemente, o procedimento cirúrgico minucioso proporciona as melhores chances de cura. Podem ser realizadas como cirurgia aberta (laparotomia) ou pela via minimamente invasiva, como laparoscopia e cirurgia robótica.

O câncer de pâncreas pode ser desenvolvido devido a tabagismo, obesidade, antecedentes familiares, diabetes e ingestão de bebidas alcoólicas. Em caso de sintomas, procure um médico para avaliar o seu caso.

Colectomias

O câncer colorretal quando detectado no estágio inicial tem grandes chances de cura. Pessoas com mais de 50 anos devem realizar o check up anual de exame de sangue oculto nas fezes. Indivíduos com exame positivo devem realizar colonoscopia. Para indivíduos com histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e reto, portadores de doença inflamatória do cólon (retocolite ulcerativa e Doença de Crohn) e de algumas condições hereditárias devem ficar atentos.

A retirada do câncer pode ser feita por via endoscópica ou cirurgia. A ressecção endoscópica é realizada nos casos iniciais do câncer quando não houve comprometimento mais profundo da parede do intestino. Nos casos cirúrgicos,parte do intestino é retirado e o tecido reconstruído quando possível. 

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O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm que possui a função de auxiliar na digestão com a produção do suco pancreático; e também produção de hormônios, como a insulina, que regula o nível de glicose no sangue. Os cistos são pequenas “bolsas” que podem conter líquido, eles surgem decorrente de inflamação no pâncreas, a pancreatite.

Quais os sintomas de cisto no pâncreas?

Nem sempre vão aparecer sintomas, mas em alguns casos pode haver dor abdominal, náuseas, vômitos, perda de peso e em casos raros, obstrução gastrointestinal, icterícia e anemia. O diagnóstico pode ser realizado por meio de exames de ressonância e tomografia.

Como tratar cisto no pâncreas?

Em muitos casos, o cisto é benigno, dessa forma não oferece risco ao paciente e deve desaparecer com o tempo, neste caso é necessário apenas o acompanhamento. Porém, existe a chance do cisto evoluir para um câncer, neste caso é necessário o tratamento ou drenando o cisto com uma agulha ou realizando uma cirurgia para retirada. No caso de pacientes idosos a drenagem é indicada para evitar complicações futuras, o procedimento é realizado com a ajuda de um endoscópio.

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O fígado é um órgão que possui diversas funções, a principal delas é filtrar o sangue e eliminar toxinas que serão enviadas para o rim e eliminadas na urina. Além disso, o fígado possui a função de produzir bile que realiza a quebra de moléculas de gordura no nosso corpo; armazenar e liberar glicose, açúcar importante que dá energia para as células do nosso corpo funcionarem; produção de uma série de proteínas, armazenamento de vitaminas e minerais e também realiza o metabolismo de medicamentos para que após seu efeito, elas sejam eliminadas do nosso corpo.

Mito ou verdade: depois de retirar um pedaço do fígado, ele cresce de novo?

É verdade! O fígado possui a capacidade de regenerar até 75% dos seus tecidos. Quando é realizado o transplante de fígado de um doador vivo para o receptor, em ambos pacientes, o órgão se regenera. Mesmo após a regeneração, o fígado continua exercendo suas funções vitais. 

As cirurgias hepáticas são abertas ou feitas por vídeo?

A maioria das cirurgias hepáticas podem ser realizadas por vídeo.  Os casos de hepatocarcinomas, que são tumores que nascem no fígado; as metástases hepáticas, originadas de tumores intestinais; os tumores hepáticos benignos; a cirurgia de retirada total ou parcial do fígado para transplante são todos preferencialmente tratados por laparoscopia devido ao menor tempo de repouso e por ser um procedimento minimamente invasivo.

Em alguns casos, onde são mais complexos em que o cirurgião necessita de um controle maior dos vasos sanguíneos, até realizar uma reconstrução; ou tumores que envolvem os dois lados do fígado, ainda podem ser realizadas cirurgias abertas dependendo da avaliação do médico.

Como funciona o transplante de fígado?

Em casos em que doenças hepáticas estão muito avançadas, o fígado acaba ficando muito comprometido e entrando em falência. Nesse caso, o transplante é a opção de tratamento mais viável para manter a qualidade de vida do paciente. Importante ressaltar que o transplante é decidido após todas as tentativas de tratamento não serem eficazes. O transplante pode ser feito de duas maneiras: doador ter falecido, neste caso é necessária uma autorização da família e o órgão deve ser retirado o quanto antes para evitar a deterioração; e utilizando um doador vivo, onde é possível retirar uma parte do fígado e colocar no receptor. Devido a capacidade regenerativa, o fígado se desenvolverá em ambos. O transplante é uma cirurgia complexa podendo durar de 8 a 10 horas, após a cirurgia o paciente vai direto para a UTI para recuperação e o paciente fica de 15 dias internado para o acompanhamento médico para aceitação do órgão no corpo do receptor. Após esse período, o paciente pode retornar para casa lembrando de tomar todos os medicamentos imunossupressores para evitar rejeição do órgão e também lembrar de não realizar hábitos que são nocivos ao novo órgão, como a ingestão de bebidas alcoólicas.

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Hérnias são protrusões de um órgão através de um orifício ou defeito na parede abdominal. Elas ocorrem devido a fraqueza na musculatura abdominal causadas pelo aumento da pressão intra-abdominal (devido a obesidade ou gestação), pelo envelhecimento natural dos tecidos, no caso de incisão por uma cirurgia ou durante algum processo de desenvolvimento do feto, como por exemplo a passagem do testículo para fora da parede abdominal.

Qual o perigo de uma hérnia?

A hérnia é quando um órgão ou tecido se projeta ou deslocamento por uma abertura decorrente de um enfraquecimento de músculo. Podemos notar a hérnia quando aparecem protuberâncias e inchaço no local onde houve a hérnia. Isto pode conduzir às complicações, como por exemplo:

• Estrangulamento: comprometimento do fluxo sanguíneo a uma secção de um órgão ou de um tecido devido a compressão do anel herniário, conduzindo à isquemia, à morte celular e mesmo à gangrena. Uma hérnia estrangulada é risco de vida e exige a cirurgia imediata
• Encarceramento: é quando, de maneira acidental, parte do órgão (especialmente intestino) fica preso ao anel herniário. Nestes casos o paciente apresenta dor intensa e o conteúdo da hérnia não reduz para o abdômen.

Ao notar a presença de uma hérnia, procure um médico imediatamente.

 Qual a hérnia mais perigosa?

Apesar de todas as hérnias da parede abdominal apresentarem risco de evoluir para as mesmas complicações, chamadas encarceramento e estrangulamento de hérnia, algumas localizações e tamanhos estão associadas a maiores riscos. Das hérnias que ocorrem na virilha (inguinal) as hérnias femorais são aquelas associadas a maior risco de complicações. Além disso, as hérnias de tamanho médio (entre 2-10 cm) também podem frequentemente encarcerar/estrangular com maior frequência. Porém, é sempre importante procurar um médico imediatamente para avaliar a hérnia e evitar as complicações.

Quais são os sintomas de hérnia na barriga?

A hérnia na barriga, chamada de hérnia abdominal, apresenta sintomas como aumento de volume localizado, causando um inchaço no local no formato de um caroço e vermelhidão; além de dor e desconforto local e náuseas e vômitos em alguns casos. Em caso de sintomas, procure imediatamente um médico para avaliar a hérnia, trata-se de uma condição grave e deve ser tratada com cirurgia o mais rápido possível.

Como o diagnóstico de hérnia é realizado?

No geral, as hérnias são diagnosticadas pelo exame clínico, sendo avaliada a presença de um abaulamento (caroço) localizado em alguma parte do abdômen. Se esse abaulamento aparecer ou se acentuar a partir de uma pressão intra-abdominal, por exemplo no esforço físico ou quando a pessoa tossir; e que desaparece após repouso é um forte indicativo de presença de hérnia. Em alguns casos onde não é possível fazer a avaliação clínica, por exemplo, em pessoas obesas, é possível realizar testes de imagens para confirmar, como a ecografia da parede abdominal, tomografia e ressonância magnética.

Mito ou verdade: uma hérnia pode estourar?

Verdade. A hérnia pode estourar. Isso acontece em decorrência do estrangulamento do órgão, que fica preso na abertura e não consegue se movimentar. Diante disso, a alça do intestino, por exemplo, sofre uma torção, não recebe mais oxigênio e é levada à falência. Essa porção do intestino se desprende e ocorre uma perfuração. Essa situação é muito grave  pois o líquido interior do intestino e fezes vazam para toda a cavidade abdominal, podendo levar a morte. O mais recomendado em todos os casos é evitar que a protuberância chegue a essa condição. Sabe-se que há a possibilidade de conviver com uma hérnia por anos, sem que haja complicações ou até mesmo sintomas. Mas, a qualquer momento, um estrangulamento pode ocorrer, fazendo com que ela estoure e coloque a vida do indivíduo em risco. É de extrema importância fazer o acompanhamento de qualquer tipo de hérnia com um médico, além de procurar o médico cirurgião especializado no aparelho digestivo. Ele poderá avaliar o seu caso e determinar o estado e o tamanho da alteração, os riscos e possíveis complicações do quadro.

Como fazer a hérnia sumir?

A hérnia pode desaparecer caso seja tratada com um procedimento cirúrgico. Esta é a única maneira de resolver a condição e acabar com os sintomas. As técnicas cirúrgicas que podem ser adotadas são: cirurgia aberta, cirurgia laparoscópica (realizada por meio de pequenas incisões) e cirurgia robótica (técnica mais tecnológica e mais precisa). O protocolo cirúrgico utilizado será determinado pelo médico cirurgião do aparelho digestivo. O profissional avaliará fatores como a condição clínica do paciente para estabelecer qual cirurgia é a mais indicada. 

 HÉRNIA INGUINAL

Onde se localiza a hérnia inguinal?

A hérnia inguinal é uma protuberância que surge na região da virilha geralmente porque uma parte do intestino sai através de um ponto onde os músculos abdominais estão mais fracos. Existem 2 tipos de hérnia inguinal:

Direta: mais comum em adultos e idosos após carregar muito peso.

Indireta: mais comum em crianças e bebês devido a um problema congênito.

Nos dois casos são tratados com cirurgia para recolocar o intestino no lugar. Se perceber uma protuberância, procure um médico imediatamente.

O que acontece se a hérnia inguinal estourar?

Se a hérnia inguinal estourar haverá uma perfuração no intestino fazendo com que haja o vazamento de fezes e líquido intestinal para o abdômen. Isso pode causar uma infecção e até levar à morte.

O que acontece se a hérnia estrangular?

O estrangulamento ocorre quando a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento, por exemplo, o intestino fica preso na abertura. Quando fica preso, ocorre uma torção no órgão impedindo o recebimento de oxigênio e sangue. Dessa forma, ocorre necrose e o órgão entra em falência. Essa condição leva a perfuração fazendo com que o conteúdo intestinal extravase para outras áreas do corpo, podendo levar a uma infecção.

É normal sentir dor após cirurgia de hérnia inguinal?

É normal sentir uma dor após a cirurgia de hérnia inguinal, porém com a cirurgia robótica a recuperação é mais rápida, menos dor local e retorno mais rápido às atividades de rotina. É importante seguir todas as orientações do médico para uma recuperação mais eficiente, algumas delas:

1. Repouso nos três primeiros dias para evitar inchaço e evitar dirigir entre 3 e 5 dias.
2. Fazer compressa de gelo nas primeiras 24 a 48 horas, duas vezes por dia de 5 a 10 minutos. Após as primeiras 48 horas é indicada compressa com água morna.
3. Os pacientes devem retornar ao consultório uma semana após a cirurgia para avaliação.

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O pâncreas localiza-se na parte superior da cavidade abdominal, em uma área chamada de retroperitônio, situada atrás do estômago. Divide-se em três partes: cabeça, corpo e cauda. Ele fica do lado esquerdo do corpo, debaixo da costela. Segue aqui uma curiosidade: se a dor estiver localizada do lado esquerdo na parte superior do abdômen e intensificar após deitar de barriga para cima, pode ser um problema no pâncreas, fique atento e em caso de sintomas, procure um médico imediatamente.

 Como é a dor no pâncreas?

Normalmente a dor surge na parte superior do abdômen e atrás do estômago, do lado esquerdo, debaixo da costela, e a sensação é de ardência podendo irradiar para as costas. A dor pode ser mais forte depois do paciente ingerir algum alimento, e costuma ser mais intensa após a ingestão de alimentos gordurosos. Como a dor nessa região pode ser em outros órgãos, fique atento a outros sinais que podem confirmar de fato que a dor é no pâncreas, como enjoo, vômitos, diarreia, perda do apetite, sensação de má digestão, sensação de barriga inchada e urina escura.

 O que causa dor no pâncreas?

A dor no pâncreas pode ser:

Pancreatite: acontece quando as enzimas produzidas pelo pâncreas são liberadas no seu interior, promovendo a destruição progressiva do órgão e sua inflamação.

Insuficiência pancreática: ausência de produção de enzimas digestivas pelo pâncreas, levando ao aparecimento de alguns sintomas como dor no pâncreas, má digestão, presença de gordura nas fezes, fezes com mau cheiro, desnutrição e perda de peso.

Câncer no pâncreas: este sintoma normalmente surge quando a doença está em fases mais avançadas e é mais frequente em pessoas com mais de 60 anos, com histórico na família ou que possuem hábitos que comprometem a saúde do pâncreas.

Quando a pancreatite pode levar à morte?

A pancreatite acontece pois há liberação das enzimas pancreáticas no interior do órgão, o que faz com que o pâncreas comece a se deteriorar. Quando a pancreatite aguda é grave isso pode resultar em necrose (morte) de células do pâncreas e grande liberação das enzimas para outros órgãos do corpo através da circulação sanguínea. Como essas enzimas são tóxicas, pode haver comprometimento da função renal, respiratória e cardíaca, o que pode levar à falência dos órgãos e à morte. 

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Os tumores mais comuns do aparelho digestório são os do estômago e do intestino grosso, mas podem ocorrer no fígado, pâncreas, esôfago, vesícula biliar, baço, ou seja, em qualquer órgão abdominal.

A prevenção ainda é o melhor tratamento para os tumores, o tratamento quando iniciado nas fases iniciais da doença apresenta altos índices de cura, ao contrário dos tumores em fase avançada.

Câncer do Aparelho digestivo: esôfago, estômago, intestino delgado, colorretal, pâncreas, vias biliares, fígado

Segundo a União Internacional de Combate ao Câncer UICC, a cada ano mais de 12,7 milhões de pessoas recebem diagnóstico de câncer e 7,6 milhões morrem vítimas da doença. O Dia Mundial contra o câncer, dia 4 de fevereiro, tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre as ações que podem ser realizadas para uma vida saudável, além de alertar os governantes sobre a necessidade de um controle maior sobre a doença.  A previsão é de que o número de novos casos em todo o mundo chegue a 26 milhões de mortes até 2030, caso não sejam adotadas ações eficazes, principalmente em função do crescimento da incidência da doença em países de baixa e média renda. A maioria dos tipos de cânceres podem ter sucesso no tratamento se detectado precocemente.

Exames de sangue que detectam o câncer

O hemograma pode ser solicitado pelo médico como um exame complementar para detectar a presença de anemia decorrente de algum sangramento, o que pode indicar o desenvolvimento de alguma doença, como o câncer. Também pode ser solicitado um exame de sangue oculto nas fezes. Porém, todo câncer depende de biópsia para ser diagnosticado, e nesse caso o melhor exame é a endoscopia, onde a região é analisada através de uma câmera e se necessário, a biópsia das áreas com suspeita é realizada.

No geral não existe exame de sangue para diagnosticar câncer, exceto algumas cânceres como próstata, ou cânceres sanguíneos (leucemias), mas que mesmo assim terão que passar por biópsia para confirmação. Durante a consulta, o médico irá avaliar sintomas e riscos e solicitar os exames necessários de acordo com a suspeita. Após a confirmação do diagnóstico, o médico indicará o melhor tratamento a ser seguido.

Exames genéticos para avaliar o risco de câncer do aparelho digestivo

Aproximadamente 10 a 15% dos casos de câncer no mundo tem como causa mutações herdadas geneticamente que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver o câncer. Isso não significa que a pessoa desenvolverá o câncer com certeza, mas sim que existe uma chance maior ou menor disso acontecer, dependendo da mutação existente.

Com o avanço da oncogenética nos últimos anos e surgimento de testes que identificam mutações presentes no DNA de cada pessoa, dessa forma é possível saber previamente se uma pessoa tem essa chance maior de desenvolver um câncer. Sabendo previamente dessa predisposição, é possível traçar cuidados preventivos e acompanhamento frequente em pessoas com maior chance de desenvolvimento. Lembrando que nem todas as mutações e cânceres podem ser detectados ainda, pois é uma área em desenvolvimento. Alguns dos genes que podem ser detectados através do teste genético são: MSH2, MLH1, MSH6 (envolvidos no câncer colorretal, pâncreas, fígado, intestino e estômago), APC (envolvido no câncer de intestino e estômago).

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Colonoscopia

A colonoscopia é um exame que captura imagens em tempo real do intestino grosso e parte do intestino delgado. O exame tem como objetivo a identificação de infecções, tumores, pólipos (crescimento anormal do tecido da mucosa), e principalmente para rastreamento do câncer colorretal. O exame é feito sob sedação e é indolor, leva em torno de 20 a 40 minutos e deve ser feito um preparo durante dois dias antes do procedimento. Para indivíduos que tenham na família casos de câncer de intestino grosso, a colonoscopia pode ser necessária antes dos 50 anos de idade. É importante seguir com o acompanhamento médico, o momento certo de realizar o exame deve ser orientado pelo médico, considerando fatores como a idade e o número de parentes que tiveram câncer de intestino.

 Manometria esofágica

A manometria esofágica é um procedimento que mede a função e força dos músculos do esôfago, responsável por comidas e líquidos da boca para o estômago. Este exame tem como objetivo principal avaliar a causa de refluxo de ácido do estômago para o esôfago.  Outro objetivo é a determinação da causa dos problemas com a ingestão de alimentos ou líquidos que possam ficar presos na altura do peito depois de os engolir. E também para avaliar pacientes com dor torácica, comumente associada à dor no coração, mas que podem ser provenientes do esôfago. Por fim, o teste pode ser necessário para se determinar a posição mais adequada  para a sonda de pHmetria esofágica.

PH-Metria esofagiana

A phmetria esofágica é um exame que tem por finalidade detectar e caracterizar o fenômeno do refluxo gastroesofágico através da medida da acidez (pH) no esôfago.O exame é indicado para pacientes com queixa de azia e/ou regurgitação, pacientes com queixas de dor torácica e problemas otorrinolaringológicos ou respiratórios, antes da realização de tratamentos anti refluxo, como cirurgia. É importante realizar o acompanhamento com o médico especialista.

Ultrassom de abdome total

O ultrassom é um exame rápido, de fácil execução e usado em emergências. Em alguns casos, é necessário examinar o abdome de forma mais ampla, sendo utilizado o ultrassom abdominal total. Com este exame, é possível avaliar órgãos como vesícula, rins, fígado, bexiga e pâncreas. O exame pode mostrar alteração no tamanho dos órgãos, tumores ou cistos nessa região, lesões nos tecidos e nos músculo da região e inflamação ou acúmulo de líquidos nos órgãos. O ultrassom abdominal deve ser usado em conjunto com outros exames e técnicas para diagnósticos no trato gastrointestinal.

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A bile é produzido pelo fígado e eliminado pelo intestino, ajudando na digestão de alimentos gordurosos. O suco biliar contém várias substâncias como, colesterol e pigmentos. Quando algumas dessas substâncias aumentam em quantidade, elas podem se depositar na vesícula e se transformar em pedras. Os sintomas são dor intensa no abdômen do lado direito, enjoo e vômito. Se a dor ficar muito prolongada é essencial procurar o médico especialista urgentemente.

Quais são as consequências da formação dos cálculos?

A formação de cálculos pode trazer algumas complicações. Uma delas é a cólica biliar intensa quando a pedra fica presa na saída da vesícula. Outra consequência é a colecistite aguda se a pedra fica presa na saída da vesícula por um período prolongado, causando dores e febres. Pode também ocorrer migração da pedra para o canal que leva a bile do fígado para o intestino (colédoco), nestes casos acontece icterícia (pele e parte dos olhos brancos amarelos). Além disso, pode causar colangite (infecção dos canais biliares) e pancreatite (inflamação do pâncreas).

Quais são os tratamentos? (Colecistectomia Convencional x Videolaparoscópica)

O tratamento para pedra na vesícula pode ser feito à base de medicamentos que diluem o cálculo. Em outros casos, é necessário seguir com cirurgia, pode ser feita por técnica minimamente invasiva através de videolaparoscopia, na qual são realizadas pequenas incisões de 5-10 mm ou por técnica convencional, a laparotomia, na qual é realizada uma incisão no abdômen de tamanho variável para retirada da vesícula.

A vesícula é fundamental para o organismo? O que acontece se eu remover completamente a vesícula?

Uma das maiores dúvidas que as pessoas me trazem e se é possível viver sem a vesícula. A resposta é sim, porém será necessário realizar algumas adaptações. A vesícula biliar tem um papel importante na digestão, uma vez retirada a bile produzida pelo fígado não será mais armazenada e será liberada diretamente no intestino. Dessa forma, é necessário reduzir o consumo de gordura e o corpo precisa se adaptar a esse novo modelo de digestão. Lembre-se sempre que é fundamental evitar ao máximo alimentos gordurosos, o que se torna uma ótima oportunidade para novos hábitos de vida, com uma alimentação equilibrada, que ajudarão a prevenir muitos outros problemas de saúde.

Quais são os sintomas de vesícula inflamada?

Os sintomas da vesícula inflamada nem sempre aparecem mas quando aparecem são:

1. Dor aguda no lado direito do abdômen
2. Febre em torno de 38°C
3. Sensação de náuseas
4. Vômitos frequentes
5. Icterícia (quando a pele e parte branca dos olhos ficam amarelas)
6. Emagrecimento

O que pode causar pedra na vesícula?

A pedra na vesícula ocorre quando há acúmulo de cálcio e colesterol dentro da vesícula biliar. Quando a bile não consegue dissolver todo o colesterol excretado pelo fígado, isso faz com que o colesterol que resta lentamente se transforme em cristais e forme pedras na vesícula. Isso pode ocorrer em algumas situações, como por exemplo:

1. Dieta rica em gordura; a bile tem essa função de auxiliar na quebra das moléculas de gorduras, porém se tiver em excesso a bile não conseguirá agir por completo
2. Sobrepeso ou obesidade: nessas condições, há a presença de altas taxas de LDL (colesterol ruim)
3. Cirrose: como o fígado fica prejudicada, a produção de bile é impactada fazendo com que não tenha quantidade suficiente para quebrar todas as moléculas de gordura
4. Diabetes: há altas taxas de triglicérides

É perigoso ter pedra na vesícula?

A pedra na vesícula pode ficar dentro da vesícula e sem causar sintomas, o grande perigo é quando ela se movimenta para o dutos biliares, condição que se chama coledocolitíase. O canal obstruído pode desencadear diversos sintomas no indivíduo, como: dor abdominal, que pode ser intensa, forte, tipo cólica e contínua;  dor de estômago; dor nas costas; icterícia (pele e olhos amarelados); náuseas e vômitos; sudorese; acolia (fezes de cor clara, tipo massa de vidraceiro); colúria (urina escurecida como coca cola) e febre. Esse último sintoma indica que pode existir uma infecção associada à coledocolitíase.

O mais preocupante é a infecção que pode surgir a partir da coledocolitíase, a colangite, ela favorece a multiplicação de bactérias e, além de muita dor, pode causar abscessos e até morte.

É possível expelir pedra na vesícula?

Quando as pedras na vesícula são muito grandes, o único meio de retirá-las é por cirurgia. Se as pedras forem muito pequenas, podem ser expelidas na urina, porém essa avaliação e decisão deve ser feita pelo médico. Se tiver sintomas, consulte um médico imediatamente para avaliar qual é o seu caso.

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A sensação de queimação é muito comum entre as pessoas, porém nem sempre pode ser o mesmo problema. Refluxo, gastrite e úlcera podem ser parecidas, mas é preciso ficar atento aos sinais para diferenciar cada uma e sempre consultar um médico para auxiliar no tratamento. O refluxo provoca sintomas de azia, desconforto na garganta, incômodo ao deitar principalmente à noite. A gastrite é relatada como falta de apetite, indigestão, dores que passam logo mas retornam, enjoos e vômitos. Já a úlcera possui sintomas parecidos com o da gastrite, porém em casos mais graves dores abdominais duradouras, perda de peso, vômitos frequentes que podem conter sangue e fezes com sangue. É muito importante consultar o seu médico ao sentir esses sintomas.

 O que é Refluxo?

Refluxo é uma doença digestiva caracterizada pelo retorno involuntário dos ácidos do estômago para o esôfago causando irritação nos tecidos que revestem o esôfago provocando sintomas como azia, tosse e dor no peito. Existem fibras musculares no esôfago que se fecha para impedir que o alimento volte uma vez que passou em direção ao estômago, é o esfíncter esofágico inferior. As causas que podem impedir que o esfíncter realize sua função pode ser fragilidade das estruturas musculares da região, hérnia de hiato e alterações no esfíncter. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, se apresentar algum sintoma procure um profissional especializado.

Ansiedade x Refluxo

O Brasil é o país com mais casos de transtorno de ansiedade (9,3%) em todo o mundo e o quinto em casos de depressão (5,8%), de acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada neste ano. A ansiedade altera a secreção gástrica do nosso estômago e considerando que o refluxo é uma doença associada ao retorno involuntário de ácidos gástricos, a ansiedade pode ser um potencializador para o refluxo. Além disso, temos um agravante que é a hérnia de hiato, uma abertura no diafragma que faz com que o estômago suba para o tórax.

Como é feita a cirurgia da doença do refluxo ou hérnia de hiato?

A cirurgia é feita, geralmente, quando o tratamento medicamentoso ou dietas não funcionam mais. Esta cirurgia é feita com anestesia geral e o médico realiza pequenos cortes no abdômen para corrigir a hérnia localiza entre esôfago e estômago. A recuperação leva uns 2 meses e no início é recomendado ingerir apenas líquidos. É muito importante seguir as orientações do médico para evitar complicações.

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