Os tumores do aparelho digestivo representam uma grande parte dos tumores humanos. Quando estão em estágio avançado e disseminam pelo organismo são praticamente incuráveis. Por isso, é importante o diagnóstico no estágio inicial da doença.
Os tumores mais comuns do aparelho digestório são os do estômago e do intestino grosso, mas podem ocorrer no fígado, pâncreas, esôfago, vesícula biliar, baço, ou seja, em qualquer órgão abdominal.
A prevenção ainda é o melhor tratamento para os tumores, o tratamento quando iniciado nas fases iniciais da doença apresenta altos índices de cura, ao contrário dos tumores em fase avançada.
Câncer do Aparelho digestivo: esôfago, estômago, intestino delgado, colorretal, pâncreas, vias biliares, fígado
Segundo a União Internacional de Combate ao Câncer UICC, a cada ano mais de 12,7 milhões de pessoas recebem diagnóstico de câncer e 7,6 milhões morrem vítimas da doença. O Dia Mundial contra o câncer, dia 4 de fevereiro, tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre as ações que podem ser realizadas para uma vida saudável, além de alertar os governantes sobre a necessidade de um controle maior sobre a doença. A previsão é de que o número de novos casos em todo o mundo chegue a 26 milhões de mortes até 2030, caso não sejam adotadas ações eficazes, principalmente em função do crescimento da incidência da doença em países de baixa e média renda. A maioria dos tipos de cânceres podem ter sucesso no tratamento se detectado precocemente.
Exames de sangue que detectam o câncer
O hemograma pode ser solicitado pelo médico como um exame complementar para detectar a presença de anemia decorrente de algum sangramento, o que pode indicar o desenvolvimento de alguma doença, como o câncer. Também pode ser solicitado um exame de sangue oculto nas fezes. Porém, todo câncer depende de biópsia para ser diagnosticado, e nesse caso o melhor exame é a endoscopia, onde a região é analisada através de uma câmera e se necessário, a biópsia das áreas com suspeita é realizada.
No geral não existe exame de sangue para diagnosticar câncer, exceto algumas cânceres como próstata, ou cânceres sanguíneos (leucemias), mas que mesmo assim terão que passar por biópsia para confirmação. Durante a consulta, o médico irá avaliar sintomas e riscos e solicitar os exames necessários de acordo com a suspeita. Após a confirmação do diagnóstico, o médico indicará o melhor tratamento a ser seguido.
Exames genéticos para avaliar o risco de câncer do aparelho digestivo
Aproximadamente 10 a 15% dos casos de câncer no mundo tem como causa mutações herdadas geneticamente que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver o câncer. Isso não significa que a pessoa desenvolverá o câncer com certeza, mas sim que existe uma chance maior ou menor disso acontecer, dependendo da mutação existente.
Com o avanço da oncogenética nos últimos anos e surgimento de testes que identificam mutações presentes no DNA de cada pessoa, dessa forma é possível saber previamente se uma pessoa tem essa chance maior de desenvolver um câncer. Sabendo previamente dessa predisposição, é possível traçar cuidados preventivos e acompanhamento frequente em pessoas com maior chance de desenvolvimento. Lembrando que nem todas as mutações e cânceres podem ser detectados ainda, pois é uma área em desenvolvimento. Alguns dos genes que podem ser detectados através do teste genético são: MSH2, MLH1, MSH6 (envolvidos no câncer colorretal, pâncreas, fígado, intestino e estômago), APC (envolvido no câncer de intestino e estômago).